O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem enfatizado a aliados a importância de manter um ambiente pacífico na Casa para que a reforma do imposto de renda, considerada uma vitrine eleitoral do governo Lula, possa ser apreciada sem contratempos.
Segundo Lira, a tramitação da proposta depende de condições controladas, responsabilidade que não recai totalmente sobre ele, mas sim sobre o atual presidente da Câmara, Hugo Motta, seu sucessor no comando da Casa.
Como relator do projeto, o deputado alagoano negou que tenha descartado a votação da reforma nas próximas semanas. Ele ressaltou que muitas emendas solicitam a inclusão da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) no texto, e que, caso isso aconteça, será necessário aprovar a proposta até setembro nas duas Casas para que as novas regras entrem em vigor no próximo ano.
Lira alertou que a não inclusão da CSLL poderia ampliar o prazo de análise pelos parlamentares. Apesar de ter indicado publicamente que a votação poderia ser adiada para o fim do ano, interlocutores garantem que essa interpretação não corresponde à intenção do deputado.
O ex-presidente da Câmara reforçou que, para que a proposta avance ao plenário de forma organizada, é essencial que o ambiente esteja pacífico e sob controle, algo que cabe principalmente a Motta. Ele acrescentou que, na comissão especial, ainda há algum controle, mas no plenário isso se torna inviável.
Apesar dos desafios, Lira se mostrou confiante quanto à aprovação da reforma, destacando que há consenso sobre a questão central — a isenção do IR — mas que a definição da compensação fiscal ainda será alvo de intensos debates no Legislativo.













