A deputada federal Talíria Petrone (PSol-RJ), líder do PSol na Câmara, teve sua escolta da Polícia Legislativa Federal cancelada por decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos/PB). A medida, tomada na última segunda-feira (8/12), gerou forte reação da parlamentar.
Talíria Petrone afirmou que a decisão foi unilateral e subestimou os riscos à sua integridade e de seus dois filhos, já que ela é alvo de ameaças constantes. Em nota, a deputada sugeriu que o cancelamento é uma retaliação:
“A decisão de Motta ocorreu de forma unilateral… e vem no dia seguinte a uma derrota de Motta após articulação de Talíria como líder de bancada para salvar o deputado Glauber Braga (PSol/RJ) da cassação que foi votada em plenário,” afirmou Talíria.
A deputada intensificou suas críticas ao presidente da Câmara na semana passada, tendo dito que ele não reunia mais condições de presidir a Casa. Ela foi uma das principais articuladoras contra a cassação de Glauber Braga (PSol-RJ) e criticou veementemente a votação do PL da Dosimetria, que reduz as penas de condenados pelos atos de 8 de Janeiro.
A assessoria de Hugo Motta informou que a decisão inicial foi baseada em um parecer técnico do Departamento de Polícia Legislativa (Depol) e foi anterior aos acontecimentos citados pela deputada. No entanto, Motta está em contato com Talíria e determinou que a situação seja reavaliada, à luz dos precedentes da Câmara e do pedido de reconsideração.

