
O recém-eleito papa Leão XIV, nome escolhido pelo cardeal norte-americano Robert Prevost, enfrenta acusações relacionadas à sua atuação como bispo na Diocese de Chiclayo, no Peru. Segundo informações da imprensa especializada no Vaticano, Prevost teria supostamente acobertado casos de abuso sexual cometidos por padres durante seu período à frente da diocese, entre 2014 e 2023.
O caso mais citado refere-se a denúncias feitas em abril de 2022, envolvendo dois padres acusados de abusar sexualmente de três meninas. Críticos apontam que Prevost, na época bispo local, não teria conduzido uma investigação rigorosa e teria protegido os acusados, deixando de adotar providências imediatas.
Em resposta, a Diocese de Chiclayo negou veementemente qualquer omissão por parte de Prevost. Em nota, a instituição afirmou que o então bispo recebeu as vítimas pessoalmente, abriu uma investigação interna e incentivou que os casos fossem levados às autoridades civis. Segundo a diocese, o agora papa Leão XIV também teria encaminhado os resultados da apuração aos seus superiores na hierarquia eclesiástica.
As acusações ressoam de maneira particularmente sensível em um momento em que a Igreja Católica ainda lida com os desdobramentos de escândalos de abuso sexual em diversas partes do mundo. A eleição de Prevost para o trono de São Pedro ocorreu nesta quinta-feira (8/5), após dois dias de conclave, sucedendo o papa Francisco, falecido em 21 de abril.
O Vaticano ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. Observadores esperam que, diante do novo cenário, Leão XIV se manifeste sobre o caso e adote uma postura clara em relação à transparência e à responsabilização diante de abusos dentro da Igreja.