Durante discurso na Câmara Municipal de Maceió, nesta quinta-feira (23), o vereador Kelmann Vieira fez duras críticas à condução da saúde pública por parte do Governo do Estado de Alagoas, destacando especialmente a recente venda do imóvel que abrigava o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) Rostan Silvestre, unidade que há quase duas décadas presta atendimento essencial a maceioenses em sofrimento psíquico.
Kelmann ressaltou que o prédio, localizado no bairro da Jatiúca, foi reformado recentemente pela Prefeitura de Maceió, em um investimento de R$ 1,7 milhão, sem qualquer custo para o Estado. “É inadmissível que, após a Prefeitura cuidar da estrutura, o Governo decida vender um espaço que atende mais de 4,8 mil pessoas, muitas delas em situação de extrema vulnerabilidade”, criticou o vereador.
O parlamentar ainda reforçou o papel fiscalizador da Câmara diante de situações que impactam diretamente a vida da população. “Cabe a nós, vereadores, fazer essa cobrança, porque, mesmo sendo do Governo do Estado, quando as UPAs ou os hospitais não funcionam, quem sofre é o povo de Maceió. São essas pessoas que batem à nossa porta, pedindo ajuda, e não podemos admitir esse descaso”, afirmou.
Para Kelmann, a venda do imóvel do CAPS II simboliza a falta de sensibilidade e de planejamento na gestão estadual da saúde mental. O vereador cobrou respeito aos usuários e aos profissionais que dependem do serviço e pediu que o Governo reveja a decisão. “O mínimo que se espera é compromisso com a população. A saúde mental precisa ser tratada com seriedade e não como um problema a ser passado adiante”, concluiu.