A Justiça de Alagoas decidiu revogar a prisão preventiva do pai de Maria Katharina Simões, menina de 10 anos encontrada morta em um estábulo na zona rural de Palmeira dos Índios, no Agreste alagoano. A decisão, tomada na quarta-feira (22), substitui a prisão por medidas cautelares.
Segundo o juiz responsável pelo caso, não existem provas suficientes que liguem o homem à morte da filha. Ele estava detido desde dezembro de 2024, após denúncia do Ministério Público de Alagoas (MPAL), que o acusava de aplicar castigos violentos contra a criança.
Entre as medidas cautelares estabelecidas estão o comparecimento mensal em juízo, a proibição de deixar a comarca por mais de oito dias sem autorização judicial, e o uso de tornozeleira eletrônica por seis meses. O homem também está proibido de se aproximar ou manter contato com a esposa e o filho, devendo respeitar uma distância mínima de 500 metros.
O caso teve início em julho de 2024, quando Maria Katharina foi encontrada enforcada em um estábulo da propriedade rural onde morava, no Povoado Moreira. De acordo com a polícia, os pais haviam saído para levar o irmão mais novo da menina à UPA de Palmeira dos Índios, após ele se machucar durante uma brincadeira. Ao retornarem, encontraram a filha já sem vida.
O corpo da menina foi encaminhado à unidade de saúde, onde foi constatado que ela não apresentava sinais vitais. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca confirmou a morte por enforcamento. Além disso, uma reprodução simulada realizada pela Polícia Científica de Alagoas indicou a possibilidade de suicídio.
Para aqueles que enfrentam sofrimento emocional ou crises de saúde mental, é fundamental buscar apoio. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento gratuito e confidencial 24 horas por dia, pelo telefone 188, além de suporte via e-mail e chat pelo site www.cvv.org.br. Também é possível procurar auxílio em Centros de Atenção Psicossocial (Caps), presentes em diversos municípios do país.