Hytalo é investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por exploração e exposição de menores em conteúdos produzidos para redes sociais. O caso ganhou repercussão após denúncias do youtuber Felca sobre a “adultização” de crianças e adolescentes em vídeos online.
Desde a semana passada, após o youtuber, que possui mais de 4 milhões de inscritos, citar Hytalo em vídeo, medidas da Justiça da Paraíba foram adotadas, incluindo ação civil pública do MPPB e mandados de busca e apreensão. Na última quarta-feira (13), policiais federais constataram que a mansão do influenciador estava vazia.
O juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara de Bayeux, ressaltou que a decisão visa impedir novos atos de destruição ou ocultação de provas e coibir a intimidação de testemunhas, práticas que, segundo ele, já vinham ocorrendo desde que os investigados souberam da apuração.
O magistrado destacou ainda que “os representados já destruíram elementos de prova; já removeram tudo aquilo que seria apreendido; já turbaram a investigação criminal”, reforçando a gravidade da situação.
Segundo a decisão judicial, existem fortes indícios de tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho infantil artístico irregular, produção de vídeos com divulgação em redes sociais e constrangimento de crianças e adolescentes, entre outros crimes.
Prisão
Hytalo Santos e o marido, Israel Nata Vicente, foram presos na manhã desta sexta-feira (15) em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo. O mandado de prisão foi cumprido por policiais da 3ª Delegacia de Investigações sobre Estelionato e Crimes Contra a Fé Pública (DIG) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
No momento da prisão, um vídeo registrado mostra a dupla com semblante abatido. Durante a gravação, um policial solicita que eles digam seus respectivos nomes, enquanto são filmados.