Dois irmãos já condenados pelo assassinato do auditor fiscal João de Assis, ocorrido em 2022, receberam novas condenações nessa terça-feira (21) por crimes contra a ordem tributária, relacionados à fiscalização que o auditor realizava no depósito de bebidas dos acusados.
O processo, julgado pela 17ª Vara Criminal da Capital, tratou de um esquema envolvendo sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e organização criminosa. No entanto, as penas aplicadas aos réus não foram divulgadas.
Ronaldo Gomes de Araújo, um dos réus, acumulou a maior quantidade de condenações nessa decisão, sendo responsabilizado por quatro crimes distintos na área financeira e fiscal. Ele foi condenado por duas ocasiões de sonegação de impostos, além de lavagem de dinheiro e associação criminosa. A Justiça considerou a confissão espontânea de Ronaldo durante o processo como fator para a redução das penas relacionadas à sonegação.
Além de Ronaldo, outros dois parentes também foram condenados no mesmo processo: seus irmãos Ricardo e João Marcos Gomes de Araújo. Ricardo, que já havia sido condenado pelo assassinato do auditor João de Assis, e João Marcos, que havia sido inocentado na época do homicídio, foram sentenciados por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Contudo, ambos foram absolvidos da acusação de sonegação por falta de provas suficientes que os ligassem diretamente aos atos ilícitos tributários.
Por fim, Maria Selma Gomes Meira, mãe dos réus, e João Correia de Araújo foram completamente absolvidos de todas as acusações de sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, devido à insuficiência de provas. Ronaldo e Ricardo cumprem atualmente penas superiores a 41 anos em regime fechado pelo assassinato do auditor, sentença esta proferida em novembro de 2024.













