Um estudo inédito do Hospital Albert Einstein alcançou um feito histórico na medicina brasileira: a primeira terapia CAR-T totalmente desenvolvida e produzida no Brasil apresentou 72% de remissão completa em pacientes com cânceres de sangue avançados, que não respondiam a tratamentos convencionais.
A técnica inovadora consiste em reprogramar geneticamente as células de defesa do próprio paciente para caçar e destruir as células tumorais, oferecendo uma alternativa terapêutica de alto impacto.
Segundo o hematologista Nelson Hamerschlak, líder do estudo, o resultado representa um marco histórico, colocando o Brasil na posição de produtor de tecnologia e conhecimento médico de alto valor agregado, e não apenas consumidor.
Além do avanço científico, a nacionalização da terapia reduz significativamente os custos. Enquanto a versão importada do tratamento pode ultrapassar R$ 2 milhões por paciente e exige o envio das células ao exterior, a tecnologia brasileira permite oferecer a cura de forma mais acessível e dentro do sistema de saúde local, ampliando o acesso e o potencial de salvar vidas no país.

