Ministros e integrantes do governo reclamaram diretamente com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), por ele ter escolhido Guilherme Derrite (PL-SP) como relator do projeto antifacção enviado pelo Poder Executivo.
A coluna apurou que, antes de anunciar publicamente que Derrite seria o relator do projeto, Motta conversou com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e com o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
Nas conversas, tanto Guimarães quanto Gleisi reclamaram. Segundo relatos, a ministra e o deputado argumentaram a Motta que a escolha do secretário de Segurança Pública do governo Tarcísio de Freitas como relator seria ruim para o debate.
Gleisi fez ainda questão expor sua contrariedade nas redes sociais. “A opção pelo secretário de Segurança do governador Tarcisio de Freitas contamina o debate com os objetivos eleitoreiros de seu campo politico”, escreveu a ministra no X (antigo Twitter).
O presidente da Câmara, por sua vez, argumentou aos representantes do governo Lula que o trabalho de Derrite seria “técnico”. Alegou ainda que eles teriam a oportunidade de fazer um “trabalho de união nacional contra o crime organizado”.
