O futuro político do prefeito de Maceió só será decidido no prazo final. Aos 45 do segundo tempo, literalmente e com risco de ir para a prorrogação.
Não é que ele não queira decidir agora. É que não pode mesmo. Quem conversa com JHC ouve dele a mesma e cautelosa resposta: “estamos avaliando”.
“Dentro” do seu grupo, com os “de casa”, João Henrique Caldas diz que pretende ser candidato a governador. E de fato esse é seu desejo. JHC, no entanto, tem pés no chão e sabe que pode perder num confronto direto com o ministro dos Transportes, Renan Filho. Por isso, a disputa por uma das duas vagas para o Senado virou plano A.
É improvável que JHC vá para o confronto com Renan Filho. E não só porque o ministro aparece como favorito na disputa pelo governo. Os dois se aproximaram no processo que levou a escolha de Marluce Caldas para o STJ.
Não houve acordo formal, mas ficou estabelecida uma aliança tácita em que ambos combinaram que não irão para o confronto direto em 2026. Portanto, se Renan Filho for candidato ao governo – e ele será – JHC deve disputar o Senado.
E quanto a Renan, que já é senador, só pode ser candidato ao governo.
Na prática, a posição do prefeito é considerada “pacificadora” nos meios políticos. Como candidato a senador ele trabalharia para manter um espaço que passou a ser dele com a posse da senadora Eudócia caldas no início deste ano.
Renan Filho também disputaria o governo em condição semelhante, buscando um espaço que já é do seu grupo. Uma eventual disputa de JHC pelo Senado poderia no máximo “adiar” os planos de Arthur Lira – isso se considerada a acomodação dos “caciques” da política alagoana.
E porque JHC não decide agora? Porque ele e muitos do seu grupo ainda torcem para que Renan Filho seja candidato a vice na chapa de Lula. Mas essa é outra história.
Fonte – Blog de Edivaldo Junior