O Governo de Alagoas inicia, na próxima semana, a realocação dos permissionários do Mercado de Jaraguá, etapa considerada fundamental para o início das obras de requalificação do equipamento. A intervenção, estimada em R$ 8,3 milhões, faz parte do conjunto de investimentos na Grande Maceió e foi estruturada para não interromper as atividades econômicas do mercado.
A partir de 5 de dezembro, começa a operação de transição que permitirá manter o funcionamento dos serviços durante o período de obras, previsto para durar seis meses. Restaurantes serão transferidos para estruturas instaladas no entorno imediato, enquanto os setores de serviços e feira passarão a ocupar a Rua Fechada e áreas próximas. A estratégia, segundo o governo, assegura a continuidade da renda das famílias envolvidas. O Sine Alagoas também cederá parte do seu espaço para a nova estrutura provisória e, em contrapartida, receberá uma nova sede mais ampla na Avenida Fernandes Lima.
A requalificação do Mercado de Jaraguá ocorre paralelamente a outras intervenções urbanas em andamento, como a duplicação da AL-101 Norte e os projetos de triplicação da AL-101 Sul. Enquanto as obras nas rodovias têm foco em mobilidade, a intervenção no mercado busca ampliar oportunidades econômicas, com geração de emprego e renda.
O projeto, assinado pelo arquiteto Rodrigo Fagá, adota o conceito de “cidade viva”, defendido pela gestão estadual, e prevê transformar o mercado em um polo gastronômico e cultural, seguindo padrões de destinos turísticos que possuem mercados tradicionais como referência.
“O que estamos fazendo na Grande Maceió não tem precedente. O Mercado de Jaraguá é a prova de que o investimento público bem aplicado gera emprego, atrai turismo e devolve a autoestima ao maceioense. É uma obra que conversa diretamente com o novo momento econômico do estado, somando-se às grandes obras viárias, construção de escolas, creches e hospitais”, afirmou o governador Paulo Dantas.
O diretor-presidente do Ideral, Davi Maia, também considera a obra estratégica. “O mercado tem que entrar no dia a dia da cidade. O objetivo é entregar um equipamento onde o cidadão tenha prazer em estar. Se é bom para o maceioense, será irresistível para o turista”.
Entre os permissionários, a expectativa é de valorização profissional. Maria Albertina dos Santos, que trabalha no mercado há 10 anos, disse que a intervenção representa avanço. “O projeto é maravilhoso porque traz dignidade e estrutura. Haverá estacionamento e conforto para nossos clientes, algo que esperávamos há muito tempo”.
O presidente da Associação dos Permissionários, José Carlos Costa, reforçou a percepção. “O mercado tem mais de 30 anos e nunca viu uma intervenção desse porte. O resultado final vai mudar nosso patamar de negócios”.

