O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, comunicou ao Exército Brasileiro que convive com a doença de Alzheimer desde o ano de 2018. A informação foi prestada durante exame de inspeção médica realizado na terça-feira (26).
O procedimento ocorreu nas dependências do Comando Militar do Planalto, em Brasília, com o objetivo de avaliar as condições de saúde do militar antes de seu ingresso no sistema penitenciário e catalogar enfermidades preexistentes.
Conforme o documento médico, Heleno relatou apresentar comprometimento de memória recente e confirmou viver, desde 2018, um processo evolutivo de demência do tipo Alzheimer, associado a constipação intestinal e hipertensão arterial, condições que se mantêm sob controle com uso de medicamentos.
Ao ser indagado sobre eventuais desconfortos durante a avaliação, o militar mencionou somente dor nas costas. A profissional de saúde responsável pelo exame registrou que Heleno se apresentava em boas condições gerais, consciente e com parâmetros vitais dentro da normalidade. O texto descreve ainda tratar-se de um idoso com características condizentes com sua faixa etária e “com estado emocional equilibrado”.
Condenado a 21 anos de reclusão em regime fechado, o general aguardava o desfecho do processo em liberdade. De acordo com informações anteriormente veiculadas, mantinha routine de caminhadas e atividades físicas na área esportiva de seu condomínio residencial.
Na terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes decretou o trânsito em julgado do processo relacionado aos eventos de ruptura institucional e determinou a prisão imediata do general.

