Os servidores do Hospital Veredas retomaram a interdição de um trecho da Avenida Fernandes Lima, no sentido Tabuleiro do Martins, na manhã desta terça-feira (9). O ato, que já completa 26 dias, é uma reação ao atraso no pagamento de salários e à ausência do complemento referente ao piso nacional da enfermagem.
A paralisação mantém o bloqueio diário da via enquanto os vencimentos dos profissionais não forem regularizados.
Sobre a greve
O anúncio da greve foi feito pelos sindicatos representantes das categorias, que publicaram vídeos em redes sociais informando a decisão tanto à população quanto à direção do hospital.
Conforme previsto em lei, 30% dos trabalhadores permanecem em atividade para assegurar a continuidade dos atendimentos considerados essenciais.
A unidade de saúde acumula dívidas salariais relativas aos meses de abril, maio, agosto, setembro e outubro. Há também pendências quanto ao pagamento do complemento do piso da enfermagem entre julho e novembro de 2024, além de parte do 13º salário do mesmo ano.
Apesar das tentativas de diálogo, as entidades sindicais afirmam que a administração do hospital não tem cumprido o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) acordado no início deste ano.
Posicionamento do Veredas
Em nota, a direção do Hospital Veredas comunicou que já possui os recursos para liquidar a folha de pagamento de agosto, mas não há data definida para a quitação dos demais meses em atraso. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) declarou que não há repasses pendentes à unidade e que os pagamentos seguem o cronograma estabelecido em acordo.
Os sindicatos também têm solicitado o apoio da população e destacado o desgaste físico e emocional enfrentado pelos profissionais devido à situação prolongada de inadimplência.

