O caminhoneiro Francisco Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, que convocou uma paralisação da categoria com início previsto para quinta-feira (4), admitiu que o movimento não obteve adesão. Segundo ele, a greve teria sofrido sabotagem, o que explicaria a baixa mobilização em nível nacional.
Na última segunda-feira (1), Burgardt acompanhado do desembargador aposentado e influenciador digital Sebastião Coelho, registrou em vídeo o protocolo de um documento no Palácio do Planalto notificando sobre a paralisação. O material foi divulgado em redes sociais e gerou reações tanto de apoio quanto de crítica.
Entre os caminhoneiros, contudo, a mobilização não se concretizou e nenhum bloqueio foi registrado. “Sem adesão, fomos sabotados”, declarou Chicão Caminhoneiro.
Desde o anúncio, na semana passada, a proposta de greve dividiu opiniões dentro da categoria. Na quinta e também nesta sexta-feira (5), as rodovias de todo o país permaneceram livres e o trabalho ocorreu sem interrupções.
Consultas a entidades do setor
O Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam) posicionou-se informando que, se houvesse decisão pela paralisação, a entidade apoiaria. Outras representações da categoria também foram ouvidas, tanto favoráveis quanto contrárias à interrupção do transporte, como a Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos do Porto de Santos (CCAPS) e a Associação Catarinense dos Transportadores Rodoviários de Cargas (ACTRC).
Entre as reivindicações apresentadas pelo grupo estavam: garantia de estabilidade contratual e respeito à legislação trabalhista, revisão do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e direito à aposentadoria especial após 25 anos de serviço, comprovada por meio de recolhimento previdenciário ou documentação fiscal.

