O ex-presidente Jair Bolsonaro teve a prisão preventiva decretada neste sábado (22), após tentar danificar a tornozeleira eletrônica utilizando um ferro de solda. O próprio ex-presidente admitiu a ação depois que o Centro de Monitoração da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal registrou um alerta indicando comprometimento do dispositivo.
O ferro de solda é um equipamento empregado para unir peças metálicas por meio de calor e costuma ser utilizado em oficinas, trabalhos com eletrônicos e reparos domésticos. Ele opera por meio de uma resistência interna que converte energia elétrica em altas temperaturas, utilizadas para derreter a solda metálica. Segundo as normas da ABNT (NBR NM60335-2-45), baseadas na IEC 60335-2-45, a ferramenta pode atingir temperaturas superiores a 400 °C na extremidade de cobre.
Quando aquecida, a ponta do equipamento derrete a solda, possibilitando a união de componentes metálicos, que, ao esfriar, solidifica-se e forma uma fixação estável para condução elétrica e suporte mecânico. Na prática, o instrumento é frequentemente aplicado na montagem e manutenção de placas eletrônicas, fixação de cabos e reparos em eletrodomésticos. Não é recomendado utilizá-lo em objetos de plástico.
A solda utilizada com esse tipo de equipamento costuma ser composta por uma liga de estanho e chumbo, que funciona como material de ligação entre as superfícies metálicas envolvidas.
O ponto da tornozeleira atingido pelo ferro de solda corresponde ao núcleo funcional do equipamento, onde estão instalados os sensores responsáveis pelo monitoramento de localização, pela verificação de integridade e pelos componentes eletrônicos essenciais do dispositivo. Tanto esse módulo central quanto a pulseira que fixa o aparelho ao tornozelo possuem sensores específicos que são ativados caso sofram danos.

