O ex-prefeito de Maribondo, Leopoldo César Amorim Pedrosa, foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo assassinato do corretor de imóveis Gerson Gomes Vieira, ocorrido em 2015. O julgamento, realizado nesta quarta-feira (26) no Fórum de Marechal Deodoro, encerrou quase uma década de espera pelo desfecho do caso. Após ouvir a sentença, Pedrosa deixou o Tribunal diretamente para o presídio.
Os jurados reconheceram a condenação anterior do ex-gestor por tráfico de drogas, o que agravou a pena, e confirmaram a qualificadora de motivo fútil. A investigação apontou que o crime foi motivado por questões financeiras e planejado previamente. Gerson teria intermediado a venda de uma propriedade avaliada em R$ 800 mil e cobrado uma comissão de R$ 40 mil, quantia que, segundo o Ministério Público, não teria sido paga por Pedrosa, impasse que teria levado à execução.
O corpo do corretor foi encontrado dias depois em um canavial, já em avançado estado de decomposição, fato que causou grande comoção na época. O julgamento enfrentou sucessivos adiamentos ao longo dos anos até finalmente ir a plenário.
A condenação se soma a outras ocorrências na trajetória criminal do ex-prefeito. Pedrosa já foi preso por porte ilegal de arma, responde por violência doméstica e teve cerca de um quilo de cocaína apreendido em sua propriedade em 2019. Há ainda registros por direção embriagada e uso de documentos falsos. Em fevereiro de 2024, ele voltou a ter a prisão decretada após descumprir regras do regime semiaberto durante o Carnaval em Maribondo.

