A Embraer, fabricante brasileira de aeronaves, confirmou nesta terça-feira (5) que não haverá demissões no país em 2025, mesmo diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre seus produtos. A empresa também demonstrou otimismo em zerar a atual taxação de 10% sobre aviões e peças exportadas para o mercado americano.
A declaração foi feita pelo diretor-executivo da companhia, Francisco Gomes Neto, durante a apresentação dos resultados do segundo trimestre. Ele destacou que a redução da tarifa de 50% para 10%, anunciada na semana passada pelo governo dos EUA, aliviou parte da pressão sobre os negócios da empresa e seus clientes.
“O nosso foco é realmente restaurar a tarifa zero. Ficamos muito felizes de passar de 50% a 10%, o que reduziu bastante o impacto para os nossos clientes. Estamos trabalhando com eles para fazer a entrega das aeronaves. Mas, em paralelo, estamos nos esforçando com afinco para restaurar a tarifa zero”, afirmou Gomes Neto.
Desde abril, a Embraer vem enfrentando a tarifa de 10% sobre exportações de aeronaves e componentes para os Estados Unidos, principal destino de metade da produção da empresa. A medida foi determinada pelo presidente americano Donald Trump como parte de uma política comercial mais protecionista.
O temor de que essa alíquota subisse para 50% causou apreensão no setor nas últimas semanas. No entanto, no dia 30 de julho, o governo americano anunciou que aeronaves, motores, peças e componentes de aviação estariam excluídos do tarifaço mais agressivo.
Com cerca de 18 mil empregados no Brasil, a Embraer reforça que manterá o nível de empregos e seguirá negociando com autoridades norte-americanas para recuperar o regime de tarifa zero.