A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) informou que, até o fim da manhã desta quarta-feira (1º), não houve registro de nenhum caso suspeito ou confirmado de intoxicação por metanol relacionado ao consumo de bebidas alcoólicas do tipo destilado no estado.
O monitoramento está sendo realizado de forma contínua por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), e qualquer suspeita será prontamente notificada e comunicada às autoridades competentes, conforme esclarece a Sesau.
Além disso, a secretaria orientou que as Vigilâncias Sanitárias Municipais reforcem as ações de fiscalização em estabelecimentos como bares, supermercados, restaurantes e pontos de venda de bebidas, com foco na verificação da origem e legalidade dos produtos. Já a fiscalização da indústria de bebidas alcoólicas é de responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A Sesau também alertou a população para que somente adquira bebidas alcoólicas de fabricantes legalizados, com nota fiscal. Produtos de origem desconhecida devem ser evitados, e, diante de qualquer suspeita, o consumo não deve ocorrer. A orientação segue o princípio da precaução e visa proteger a saúde dos alagoanos.
Em situações de intoxicação, a recomendação da secretaria é que as pessoas procurem imediatamente o serviço de pronto atendimento mais próximo.
Em São Paulo, a situação é preocupante. A Secretaria Estadual da Saúde divulgou que subiu para 25 o número de casos suspeitos de intoxicação por metanol. Desses, 18 ainda estão sendo investigados e 7 já foram confirmados como intoxicação pela substância.
A cidade de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, confirmou nesta terça-feira (30) mais uma morte com suspeita de ligação ao consumo de bebida contaminada. Mesmo sem esse caso ainda ter sido oficialmente incluído nas estatísticas estaduais, o total de óbitos relacionados à suspeita de intoxicação por metanol permanece em cinco: quatro suspeitos (três na capital e um em São Bernardo) e um confirmado.
Diante da gravidade da situação, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou que pediu à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar a origem e uma possível rede de distribuição do metanol presente nas bebidas adulteradas vendidas em São Paulo.