O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem articulado nos bastidores uma estratégia para restringir possíveis sanções internacionais, especialmente aquelas relacionadas à chamada “Lei Magnitsky”, apenas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi divulgada pela coluna de Bela Megale, do jornal O Globo.
Segundo a apuração, Eduardo teria solicitado ao entorno do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que eventuais punições deixem de fora os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, que também já foram citados em discussões sobre medidas do governo norte-americano contra autoridades brasileiras.
A movimentação visa, segundo aliados do parlamentar, enviar um sinal a integrantes do STF de que ainda há espaço para recomposição institucional. O objetivo seria permitir que ministros considerados moderados se distanciem das decisões de Moraes, apontado como principal alvo das críticas.
Ainda conforme a coluna, o deputado tem recebido apelos de lideranças do próprio Partido Liberal (PL) e de outros setores aliados para tentar isolar Moraes e, com isso, abrir caminho para negociações e mudança de postura de outros magistrados.
Há, também, menções a possíveis sinalizações da Casa Branca no sentido de que futuras sanções possam ser individualizadas, com foco em Moraes e sua esposa. No entanto, qualquer definição ainda dependeria da decisão do ex-presidente Trump, caso retome o poder, conforme a matéria publicada.