O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) agradeceu publicamente ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a autoridades americanas pela aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A sanção foi anunciada nesta quarta-feira (30) pelo governo norte-americano e classifica Moraes como responsável por violações de direitos humanos.
Nos Estados Unidos desde março, Eduardo afirmou em vídeo nas redes sociais que trabalhou ativamente para que a medida fosse tomada. “Eu queria aqui agradecer ao presidente Donald Trump, ao secretário de Estado Marco Rubio e a todas as autoridades que se envolveram diretamente nessa tomada de decisão, reconhecendo e tendo a sensibilidade de olhar para o Brasil e entender as diversas violações de direitos humanos em curso”, disse o parlamentar.
Ele acrescentou ainda que se sente com a “missão cumprida”, embora considere que essa seja apenas a primeira etapa de um processo maior. “Essa medida não é o fim de nada, mas o primeiro passo para que existam meios suficientes para resgatar a nossa democracia, a harmonia entre os Poderes e a normalidade das instituições”, afirmou.
Em comunicado oficial do Departamento do Tesouro dos EUA, o secretário Scott Bessent justificou a aplicação da sanção alegando que Moraes “assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”.
Segundo ele, o ministro é responsável por censura, detenções arbitrárias e processos politizados, incluindo os que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de nossos cidadãos”, acrescentou Bessent.
Em nota conjunta assinada com seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Eduardo declarou que Alexandre de Moraes “é um violador de direitos humanos” e que a sanção imposta é “histórica”.
“As sanções financeiras são duras, mas ainda leves diante do que Moraes impôs a milhares de brasileiros inocentes”, diz o texto.A nota também afirma que haverá consequências para quem se alinhar ao ministro: “O custo de apoiar Alexandre de Moraes, seja por omissão, cumplicidade ou conveniência, será insuportável. Para os indivíduos e também para suas famílias. Chegou a hora da escolha: estar com Moraes ou com o Brasil”.A CNN Brasil informou que entrou em contato com o STF e a Advocacia-Geral da União (AGU), mas ainda não obteve resposta.