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Lula esteve muito empenhado, nos últimos dias, em tentar fazer com que Donald Trump reverta a sua decisão de impor o tarifaço ao Brasil daqui a oito dias. O esforço dele é comovente, em prova de como um grande líder cresce ainda mais nos momentos de crise.
Se não, vejamos:
O presidente da República anunciou que o Brasil vai ingressar na ação movida pela África do Sul contra Israel por genocídio em Gaza.
Ele também telefonou para a presidente do México para tratar de ampliar acordos entre os dois países, “diante do atual cenário de incertezas”.
No Chile, sempre diligente em defesa dos interesses do país, Lula participou de um encontro de presidentes de esquerda para defender a democracia e disse que “neste momento em que o extremismo tentar reeditar práticas intervencionistas, precisamos atuar juntos. A defesa de democracia não cabe somente aos governos. Requer participação ativa da academia, dos Parlamentos, da sociedade civil, da mídia e do setor privado”.
Em outro esforço de pacificação com os Estados Unidos, a mando de Lula, o Brasil entrou com uma reclamação contra o tarifaço na Organização Mundial do Comércio, permitindo que todos fôssemos informados de que ela ainda existe.
Enquanto isso, soube-se que a embaixadora do Brasil em Washington não foi nem sequer recebida nas repartições das quais bateu à porta.
Cartinhas enviadas ao governo americano por Geraldo Alckmin, encarregado por Lula de negociar com os gringos, também não foram respondidas.
O companheiro vice-presidente não conseguiu marcar nenhuma reunião com qualquer integrante da administração Trump.
Essa embaixadora e esse Alckmin são mesmo um problema. Lula tem de fazer tudo, coitado.
Fonte: Metrópoles