A diretora da Controladoria-Geral da União (CGU), Eliane Viegas Mota, afirmou nesta quinta-feira (4/9) que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tinha conhecimento de um esquema de fraudes em aposentadorias desde 2019, mas optou por não agir. A declaração foi feita durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS.
Mota contou que as fraudes foram denunciadas pelo Ministério Público do Paraná, que havia alertado sobre o aumento de reclamações de aposentados. O órgão recomendou a suspensão dos acordos com as quatro entidades envolvidas, mas nada foi feito na época.
O escândalo foi exposto em uma série de reportagens do Metrópoles, que revelaram que a arrecadação das entidades com descontos não autorizados chegou a R$ 2 bilhões em um ano. As reportagens do portal levaram à abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF) e a uma auditoria da CGU.
A investigação da PF, batizada de Operação Sem Desconto, resultou na demissão do ex-presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Fonte: Metrópoles