O cessar-fogo entre Israel e o Hamas enfrentou novas tensões na última semana, após o grupo extremista admitir dificuldades em localizar e retirar os corpos de reféns israelenses dos escombros na Faixa de Gaza. A troca de reféns faz parte da primeira fase do plano de paz, mediado por países como Egito, Catar, Turquia e, principalmente, Estados Unidos.
Na última quarta-feira (15/10), o Hamas informou ter entregado todos os corpos de reféns sequestrados em 7 de outubro de 2023 aos quais teve acesso, além dos prisioneiros vivos. O grupo, contudo, admitiu que só pôde devolver os corpos que conseguiu localizar em Gaza.
Até essa sexta-feira (17/10), Israel havia recebido os corpos de nove dos 28 reféns mortos em Gaza e libertado todos os 20 reféns vivos. A demora na devolução levou Israel a acusar o Hamas de violar o acordo.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem elevado o tom das ameaças. Na última quinta-feira (16/10), ele afirmou que, se o Hamas continuar matando pessoas na Faixa de Gaza, os EUA “não terão escolha a não ser entrar e matá-los”.