A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, na última terça-feira (16), na Câmara dos Deputados, reacendeu o debate sobre impunidade e proteção de políticos contra investigações judiciais. O texto-base passou em dois turnos com 353 votos favoráveis, 134 contrários e uma abstenção — superando com folga o quórum mínimo de 308 votos exigidos.
A PEC da Blindagem amplia o foro privilegiado e estabelece novas barreiras para a tramitação de processos contra deputados e senadores, o que pode dificultar investigações em andamento ou futuras. Para juristas e entidades da sociedade civil, a medida representa um risco concreto à fiscalização do Legislativo e à transparência no uso de recursos públicos, funcionando como um escudo jurídico para parlamentares investigados.
Especialistas alertam que, caso avance no Senado, a proposta poderá enfraquecer mecanismos de controle e accountability, afetando diretamente a credibilidade das instituições democráticas. O tema deve gerar embates intensos entre governo, oposição e setores da sociedade que defendem maior rigor no combate à corrupção.