Um caso de violência contra uma criança de três anos ocorrido em Alagoas gerou repercussão na Assembleia Legislativa nesta semana. O padrasto do menino é acusado de obrigá-lo a ingerir fezes como forma de punição. Detido inicialmente pela polícia, ele passou por audiência de custódia e foi colocado em liberdade mediante cumprimento de medidas restritivas.
O episódio foi classificado pelo deputado estadual Lelo Maia como crime de tortura. Em pronunciamento na tribuna, o parlamentar destacou que a ação do acusado não se tratou de maus-tratos, mas de uma conduta intencional para punir a criança. Durante o depoimento à polícia, a mãe relatou que, no dia seguinte ao ocorrido, o menino chegou a vomitar fezes duas vezes na frente dos agentes, evidenciando a gravidade da situação.
Lelo Maia criticou a soltura do acusado e defendeu mudanças estruturais no atendimento a esse tipo de ocorrência. O deputado reforçou a necessidade de funcionamento ininterrupto da Delegacia de Crimes contra Criança e Adolescente, com equipe e estrutura próprias para garantir maior celeridade na apuração e evitar que suspeitos de crimes graves retornem às ruas em pouco tempo.
O parlamentar também afirmou que seguirá cobrando leis mais rígidas para a proteção de crianças e punição de crimes dessa natureza. O caso segue em investigação pelas autoridades competentes.












