O deputado estadual Delegado Leonam (União Brasil) promoveu e participou, nesta sexta-feira (29), de uma sessão especial realizada na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas (ALE), com o objetivo de debater os impactos da implementação da Progressão Parcial (PP) na Escola Estadual Tiradentes e reverter a atual situação. Além de Leonam, a mesa foi composta pela deputada estadual Cibele Moura, pelo vereador Leonardo Dias e pelo defensor público Othoniel Pinheiro Neto.
Durante a sessão, que contou com a presença de autoridades políticas, educadores, pais, alunos e membros da sociedade civil, foram discutidas alternativas legais para barrar a medida, prevista para ser aplicada tanto na unidade de Maceió quanto na de Arapiraca.
A proposta tem gerado forte reação por parte da comunidade escolar e da Polícia Militar de Alagoas (PMAL), que administra a Instituição, na qual a principal preocupação é com a possível perda de qualidade no ensino e a quebra da disciplina – pilares da proposta pedagógica da escola militar.
O deputado Leonam se posicionou fortemente sobre o tema, reforçando a importância de preservar a qualidade do ensino e ouvir a comunidade escolar.
“É essencial e importantíssimo falarmos sobre a educação do nosso país, por isso, estamos aqui lutando para disponibilizar esse espaço e momento para ouvir todos e todas, a fim de construir juntos as melhores soluções. Nosso objetivo é preservar a qualidade de ensino da Instituição e garantir que o Colégio Tiradentes siga como referência no estado de Alagoas”, disse Leonam.
A deputada Cibele Moura complementou a fala do deputado, destacando a relevância da sessão, que classificou como “histórica para a história de Alagoas”, especialmente diante da ampla repercussão do tema nas redes sociais. Aproveitou, ainda, para apresentar um projeto de lei relacionado ao assunto em pauta.
A sessão também contou com depoimentos do representante dos pais e alunos, Washington Xavier, e da professora Carol Beltrão. Eles ressaltaram que os professores e professoras do colégio, em sua maioria, assinaram uma ata para que a medida não seja implementada.
Na noite que antecedeu a sessão especial, quinta-feira (28), foi divulgada uma nota pública pela Instituição, informando que a direção da escola rejeitou oficialmente a implantação do sistema de Progressão Parcial proposto pelo Governo de Alagoas.
No entanto, a ausência de um documento formalizado reforçou a importância da sessão, que teve como objetivo esclarecer os fatos e buscar respaldo legal para impedir a implementação da medida nas unidades de ensino.
Vale ressaltar que a reunião transcorreu sem a participação de representantes da Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (Seduc), assim como da Polícia Militar de Alagoas.
O que é a Progressão Parcial?
Progressão Parcial (PP) é um regime pedagógico previsto na legislação brasileira que permite ao aluno avançar para a série seguinte, mesmo que tenha sido reprovado em algumas disciplinas (geralmente até duas), sem que precise repetir todo o ano letivo. O aluno continua os estudos na nova série, mas recebe um plano de recuperação focado nas matérias em que teve dificuldade, evitando a evasão escolar e garantindo que o aprendizado seja completado.
Mediante os fatos, o grupo contrário à implementação da Progressão Parcial argumenta que o Colégio Tiradentes é reconhecido por sua excelência acadêmica, apresentando resultados superiores aos de instituições particulares e federais, especialmente em avaliações como o Enem. Por isso, defendem a manutenção do modelo atual de ensino, que adota avaliações mensais, bimestrais e finais, como forma de assegurar uma formação sólida e de alto desempenho para os estudantes.

