Mensagens atribuídas ao financista reacendem suspeitas sobre possível envolvimento do presidente dos EUA com rede de abusos
Congressistas do Partido Democrata divulgaram, nesta terça-feira (12), uma série de emails atribuídos a Jeffrey Epstein que mencionam o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo os parlamentares, as mensagens indicam que Trump tinha conhecimento de comportamentos abusivos relacionados ao financista.
Os documentos foram tornados públicos pelo perfil oficial do grupo “Oversight Dems”, ligado ao Comitê de Supervisão da Câmara, e teriam sido obtidos por meio de cooperação internacional. De acordo com os democratas, o material reforça suspeitas antigas sobre a relação entre Trump e Epstein, que morreu em 2019, enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual de menores.
Em resposta, a Casa Branca repudiou a divulgação e classificou o caso como “uma tentativa desesperada de criar uma narrativa falsa”. Em nota, o governo afirmou que os documentos “não possuem autenticidade comprovada” e que o presidente “nunca teve qualquer envolvimento com atividades ilegais relacionadas a Epstein”.
Trump e Epstein foram vistos juntos em diversas ocasiões nos anos 1990, inclusive em festas realizadas na mansão do financista em Palm Beach, na Flórida. Apesar de Trump ter se distanciado publicamente de Epstein após as denúncias, registros sugerem que ambos mantiveram contato durante anos.
A revelação dos emails reacende o debate sobre o alcance da rede de Epstein e suas ligações com personalidades influentes. O Comitê de Supervisão informou que novas informações sobre o caso devem ser apresentadas nas próximas semanas.

