
O município de Messias, na Zona da Mata alagoana, vive um dos momentos mais conturbados de sua história política. Sete vereadores, todos eleitos com o apoio direto do prefeito Marcos Silva, romperam com a gestão e promoveram a antecipação da eleição da nova mesa diretora da Câmara Municipal, em uma manobra considerada irregular e contrária ao regimento interno da Casa.
A movimentação dos parlamentares é apontada como o primeiro passo de um plano mais amplo: abrir caminho para a cassação do mandato do prefeito. Segundo informações obtidas nos bastidores, a articulação teria sido financiada com recursos da chamada “maleta preta”, supostamente ligada à Operação Taturana. Fontes próximas ao Executivo afirmam que houve oferta de mais de R$ 100 mil em espécie para cada vereador envolvido no acordo.
Entre os parlamentares que teriam aderido ao movimento, estão:
- Marcinho Calheiros
- Thaysinha Peixoto
- Del Filho
- Djalma Elias
- Eliane Buarque
- Geraldo Santos (Presidente da Câmara)
Todos esses nomes contavam, até então, com familiares em cargos estratégicos da administração municipal. Após a ruptura, o prefeito Marcos Silva reagiu com firmeza, exonerando todas as indicações políticas ligadas aos dissidentes, como forma de demonstrar que sua gestão não será refém de acordos espúrios.
Entre as exonerações, destacam-se:
- Berg Júnior, filho do presidente da Câmara e ex-secretário de Esportes
- Thomas Peixoto, esposo da vereadora Thaysinha, ex-secretário de Cultura
- Pai do vereador Del Filho, ex-secretário de Infraestrutura
- Mariana Andrade, esposa de Marcinho Calheiros, ex-controladora geral do município
Além deles, outras nomeações associadas aos parlamentares também foram retiradas de diferentes pastas da administração.
Lealdade e compromisso com o povoEnquanto parte da base aliada optou pela ruptura, quatro vereadores mantiveram-se fiéis ao prefeito Marcos Silva e à proposta de continuidade da transformação em Messias. São eles:
- Biel Calheiros (MDB)
- Everaldo Eusébio (MDB)
- Felipe Ferreira (Solidariedade)
- Barra Nova (Solidariedade)
Estes parlamentares teriam resistido a pressões políticas e supostas ofertas financeiras, reafirmando o compromisso com os avanços da cidade e o bem-estar da população.
Apesar do cenário adverso, o prefeito afirma seguir com coragem, dignidade e transparência, amparado em uma gestão técnica e no apoio popular. Em declarações públicas, aliados de Marcos Silva destacam que o momento é de discernimento e que a população saberá diferenciar quem trabalha pelo coletivo daqueles que priorizam projetos pessoais.
Com a crise instalada, o futuro político de Messias será moldado por novos embates e, possivelmente, pela reação popular diante dos acontecimentos. A Câmara Municipal deve ser o palco dos próximos capítulos dessa disputa que já marca a história recente do município.