Uma brincadeira entre irmãos terminou em susto para uma família do bairro Clima Bom, parte alta de Maceió, na noite do último domingo (10). As crianças, de 12 e seis anos, se divertiam quando resolveram tentar o desafio de colocar na boca a bateria de um brinquedo chamado Lousa Mágica, semelhante a uma moeda.
No meio da brincadeira, o garoto de seis anos acabou engolindo a bateria, dando início a momentos de desespero para a mãe, Laura Maria. Em entrevista, ela contou a verdadeira via-crúcis que enfrentou para conseguir atendimento médico para o filho.
O primeiro destino foi a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro. Após a triagem, a médica informou que seria necessário um exame de imagem para localizar a bateria. Porém, a família foi surpreendida com a notícia de que a máquina estava quebrada havia três meses, impossibilitando a realização do procedimento no local.
A busca por atendimento continuou na UPA da Santa Lúcia, onde finalmente foi possível realizar o raio-x e localizar a bateria. No entanto, diante da gravidade do caso, o menino precisou ser transferido para o Hospital Geral do Estado, onde passou por um novo exame antes de ter o corpo estranho removido com sucesso.
Segundo relato da mãe, após o susto, o quadro clínico da criança evolui bem. A medicação já foi suspensa, mas ela ainda deve sentir algum desconforto nos próximos dias, pois houve lesão no esôfago. A irmã mais velha também ficou bastante abalada com o episódio.
Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria mostram que a aspiração ou ingestão de corpo estranho é mais frequente em crianças do sexo masculino, especialmente entre 1 e 3 anos. Mais de metade dos casos ocorre antes dos 4 anos de idade e cerca de 94% antes dos 7 anos.