O senador Fabiano Contarato (PT-ES), eleito para presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, afirmou que o tema da segurança pública não deve ser tratado como uma questão exclusiva de espectros políticos específicos. Em declaração à CNN nesta terça-feira (4), o parlamentar defendeu uma abordagem focada em resultados concretos para a sociedade.
“Passou da hora do campo progressista entender que a pauta da segurança pública não é exclusiva da direita ou do movimento conservador. Passou da hora da gente falar em segurança pública de forma mais propositiva, o resultado para a população”, declarou o senador.
Contarato afirmou que pretende impedir que discussões de cunho ideológico ou partidário interfiram nos trabalhos da comissão. “Eu tenho minha consciência muito tranquila de que eu vou blindar essa comissão parlamentar de inquérito de qualquer pirotecnia, de qualquer discussão ideológica partidária, porque a segurança pública é um tema sério, complexo, que exige uma resposta para a população”, disse.
O parlamentar reforçou a necessidade de respostas legislativas ágeis para o avanço da criminalidade no país, descrevendo a segurança pública como “um direito de todos e um dever do Estado”.
Na mesma data, a CPI aprovou a convocação de ministros, governadores, secretários e dos dirigentes da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência. Contarato descartou, porém, que a comissão tenha como objetivo ouvir lideranças criminosas presas em um primeiro momento.
“Acho que a gente tem que ser mais inteligente do que pegar lá na ponta. Eu acho que a gente tem que ver o que está por trás dessa insegurança em que o Estado brasileiro não está exercendo a sua função constitucional. É claro que durante a CPI, se houver necessidade, isso pode ocorrer. Mas esse não é o foco nesse primeiro momento”, explicou.













