Nos últimos doze anos, Alagoas deu um passo importante para reverter um dos cenários sociais mais desafiadores de sua história. O estado conseguiu reduzir em 19,3 pontos percentuais a taxa de pobreza, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE). É a segunda maior retração registrada no Nordeste, superando inclusive a média regional, que foi de 16,9 pontos.
O estudo aponta que a taxa de pobreza em Alagoas caiu de 60,7% em 2012 para 41,4% em 2024. No ranking nordestino, o desempenho alagoano só ficou atrás do registrado pela Bahia, que lidera com uma redução de 19,4 pontos. Ainda assim, o avanço coloca o estado como protagonista em uma das pautas mais urgentes do país: o enfrentamento à desigualdade social.
A pesquisa, baseada nos dados da PNAD Contínua (IBGE), utiliza os critérios do Banco Mundial para definir quem está abaixo da linha da pobreza — aqueles que vivem com menos de R$ 696 por mês — e da extrema pobreza, com renda mensal inferior a R$ 218.
O recorte entre 2022 e 2024 reforça a aceleração dessa melhora. Durante o governo de Paulo Dantas, Alagoas apresentou a terceira maior queda de pobreza do Nordeste: 13,1 pontos percentuais em apenas dois anos. Bahia (-14,5 p.p.) e Paraíba (-13,9 p.p.) lideram esse período.
Além da redução do número de pessoas em situação de vulnerabilidade, o estudo revela outro dado relevante: Alagoas teve o maior crescimento da renda per capita da região entre 2012 e 2024, com alta de 48,5%. De 2022 a 2024, a renda média do alagoano passou de R$ 1.000 para R$ 1.317 — avanço de 31,7%, o segundo maior do país.
O governador Paulo Dantas comentou os resultados e destacou a importância das políticas públicas voltadas à inclusão. “Temos orgulho de liderar a queda da pobreza no Nordeste, mas sabemos que ainda há muito a fazer. Vamos intensificar programas de geração de emprego e renda, além de ampliar o acesso à educação de qualidade, para que o crescimento econômico beneficie todos os alagoanos”, afirmou.
Embora o estado ainda enfrente desafios estruturais históricos, os dados da FGV mostram que é possível alterar trajetórias quando há investimento em políticas sociais e valorização da renda. A redução da pobreza, segundo os pesquisadores, não é um dado isolado, mas reflexo de uma virada econômica e social em curso.