Despesas somaram R$ 3,65 milhões entre janeiro e junho, segundo dados da Presidência
No primeiro semestre de 2025, os gastos com benefícios garantidos por lei a ex-presidentes da República totalizaram R$ 3,65 milhões, de acordo com dados oficiais da Presidência da República. As despesas incluem manutenção de equipes, veículos oficiais e custos com viagens nacionais e internacionais.
Fernando Collor de Mello lidera o ranking de gastos no período, com R$ 931,5 mil. O valor contempla R$ 412,4 mil em salários para sua equipe de sete servidores, R$ 259,5 mil em passagens nacionais, R$ 198,4 mil em diárias dentro do país e R$ 20,6 mil destinados a veículos e combustíveis.Na segunda posição está Dilma Rousseff, com R$ 862,5 mil. Atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, na China, Dilma gastou R$ 408,7 mil em salários, R$ 130,8 mil em ajuda de custo para pessoal civil, R$ 129,2 mil em missões no exterior, além de despesas com passagens, diárias e indenizações internacionais.
Michel Temer ocupa o terceiro lugar, com R$ 554,4 mil, sendo R$ 421,2 mil destinados a salários de oito servidores e o restante a diárias e passagens internacionais. Jair Bolsonaro aparece em seguida, com R$ 521 mil, também com oito servidores, somando gastos com salários, passagens, diárias nacionais e manutenção de veículos.
Entre os ex-presidentes com menores despesas, José Sarney registrou R$ 410,5 mil, principalmente com salários, diárias e veículos, e Fernando Henrique Cardoso fechou a lista com R$ 368,8 mil, destinados majoritariamente a salários e manutenção veicular.
A legislação que garante esses benefícios, em vigor desde 1986, prevê a cada ex-presidente até oito servidores e dois veículos oficiais custeados pela Presidência. Desde a Constituição de 1988, não há pagamento de salário ou pensão vitalícia, mas as despesas com as equipes cobrem serviços como segurança, viagens, telecomunicações e transporte, obedecendo aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.