Condenado a dois anos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pretende morar nos Estados Unidos após o julgamento.
Antes da sentença, proferida na noite desta quinta-feira (11/9) contra ele, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o próprio ex-chefe do Palácio do Planalto, Cid já confiava que, com uma pena baixa, o plano de se mudar para os EUA permaneceria de pé. E foi o que aconteceu.
O ex-ajudante, conforme o Metrópoles apurou, dizia confiar na estratégia dos advogados e ressaltava que o acordo de delação premiada — que, segundo ele, é farto em provas — garantiria uma pena menor que a dos demais réus. Apesar da condenação, Cid não perderá a patente de tenente-coronel, mesmo tendo solicitado baixa do Exército.
Cid tem um irmão que atualmente reside na Califórnia. Condenado a cumprir a pena em regime aberto, o ex-ajudante não terá restrições semelhantes às impostas a outros réus, que em sua maioria deverão cumprir penas em regimes mais rigorosos.
Bolsonaro condenado a 27 anos
É a primeira vez que um ex-presidente do Brasil é condenado por crimes contra a democracia. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela trama golpista.
Os ministros também definiram a dosimetria da pena dos demais réus. O réu delator, tenente-coronel Mauro Cid, foi sentenciado a 2 anos de detenção, mas em regime aberto.
Por fim, os ministros da Primeira Turma declaram a inegibilidade dos condenados, tirando Mauro Cid, por 8 anos, seguindo a Lei da Ficha Limpa. O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) também foi condenado à perda de mandato.
Fonte: Metrópoles