O senador por Alagoas Renan Calheiros (MDB) usou as redes sociais para comentar o afastamento do juiz federal Marcelo Bretas, que julgou a Lava Jato no Rio de Janeiro. O magistrado foi afastado do cargo pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta terça-feira, 28, após ser acusado de irregularidades na condução dos processos.
“O CNJ afastou do cargo outro delinquente da Lava Jato, o juiz Marcelo Bretas”, publicou o senador, que era alvo de 12 inquéritos da Operação Lava Jato.
A Polícia Federal concluiu um dos inquéritos na última quarta-feira, 22, que investiga um suposto esquema de corrupção envolvendo contratos da Transpetro, subsidiária da Petrobras. A PF afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não encontrou provas de que o senador Renan Calheiros recebeu propina.
Na publicação, o senador também relembrou a condenação de Deltan Dallagnol, ex-chefe da Lava Jato, pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). “Antes, procuradores foram demitudos. Deltan, condenado duas vezes no CNMP por ações minhas”, diz um trecho da publicação.
Calheiros ajuizou ação contra Dallagnol, dizendo que, em 2019, concorreu à reeleição para a presidência do Senado, mas que foi alvo de tweets por parte de Dallagnol que descredibilizaram sua imagem. À Justiça, o senador afirmou que Dallagnol tuitou que ele está sendo investigado no bojo da operação Lava-Jato e, com o post, atribuiu teor negativo a sua imagem. O juiz Ivan Vasconcelos Brito Junior, da 1ª vara Cível de Maceió/AL, condenou o ex-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, ao pagamento de danos morais, em R$ 40 mil, por publicações no Twitter contra o senador Renan Calheiros.
“Moro foi carimbado como parcial e criamos a Lei de Abuso de Autoridade e o Juiz de garantias, que precisa vigorar”, finaliza o senador na postagem. Em março de 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou o ex-juiz federal Sergio Moro parcial na condenação de Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do Guarujá.
Fonte – Extra
#politica #politicaalagoana