Durante a sessão ordinária realizada nesta quarta-feira, 08, na Câmara Municipal de Maceió, o vereador Caio Bebeto (PL) levou à tribuna uma denúncia feita por mães de alunos da Escola Estadual Professor Edmilson de Vasconcelos, localizada no bairro do Farol. A queixa diz respeito a uma atividade proposta a uma turma do 9º ano por uma professora de História, que utilizou uma cartilha elaborada pelo Instituto Federal de São Paulo. O material foi distribuído a estudantes da rede estadual de ensino, com idades entre 14 e 15 anos, e gerou preocupação entre os pais.
De acordo com os relatos, as mães tomaram conhecimento da atividade por meio de grupos de mensagens e conversas com os próprios filhos. Ao terem acesso à cartilha, consideraram que o conteúdo abordado não era adequado para a faixa etária e decidiram procurar o parlamentar para expor a situação.
Durante seu pronunciamento, Caio Bebeto destacou quatro trechos do material que, segundo ele, exigem atenção e reflexão. Entre os pontos citados, está a afirmação de que “aos cinco anos de idade, a maioria das crianças já tem um senso estável de sua identidade de gênero”, ao tratar sobre a descoberta da sexualidade infantil. Outro trecho orienta que, caso um estudante se declare LGBT, “é porque acha que pode confiar em você e pode contar com seu apoio”, sugerindo que as questões sejam tratadas prioritariamente na escola, em vez de com os pais e familiares.
A cartilha também menciona a possibilidade de alunos utilizarem o nome social sem o consentimento dos responsáveis, afirmando que “já existe um aparato normativo no Brasil que garante a adoção do nome social, ainda que sejam menores de idade”. Além disso, traz um tópico sobre religião que afirma que “em nome da religião, muita crueldade foi e ainda é praticada”, o que, segundo o vereador, também gerou incômodo entre as famílias.
Em sua fala, Caio Bebeto fez questão de destacar que a denúncia partiu das mães e que a escola, conforme os relatos, possui uma gestão exemplar e destacou que “é fundamental que os pais estejam atentos ao conteúdo abordado nas escolas de seus filhos, pois o ocorrido em Maceió demonstra a necessidade de vigilância e acompanhamento”, declarou.
Ascom Caio Bebeto