A Braskem aceitou recomendação do instituto alemão IFG para preencher com material sólido as dez minas de sal-gema ainda pressurizadas em Maceió. A medida, apontada como forma de estabilizar o solo e evitar novos afundamentos, foi detalhada em relatório técnico obtido pela imprensa. O geólogo Abel Galindo afirma que, em cerca de dez anos, as áreas afetadas poderão voltar a ser habitadas, desde que as minas sejam aterradas e monitoradas nesse período.
A empresa informou que está elaborando um cronograma de execução da recomendação, o qual será apresentado à Agência Nacional de Mineração (ANM) no segundo semestre. A ANM considera a ação de médio a longo prazo, destacando que o preenchimento das cavidades contribui para reduzir o risco de novos colapsos, embora a subsidência já esteja diminuindo com o tempo.
Apesar de o IFG afirmar que as minas não apresentam risco iminente, o preenchimento é considerado uma forma eficaz de prevenção. A Braskem, no entanto, não poderá utilizar as áreas desocupadas para fins comerciais ou residenciais, conforme acordo firmado com o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual, que estabelece limites para a ocupação futura da região.
Atualmente, 14 minas já estão preenchidas, enquanto outras dez permanecem pressurizadas. A ANM destacou que os dados fornecidos pela Braskem precisam ter respaldo técnico formal, mas não são auditados diretamente. A última fiscalização, realizada em junho de 2025, não encontrou sinais de risco imediato nas minas em processo de fechamento.
*com informações da GazetaWeb













