A possibilidade de sanções norte-americanas contra o Brasil ganhou força após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) nessa quinta-feira (11). Analistas avaliam que os primeiros reflexos seriam sentidos no câmbio, com valorização imediata do dólar, além da queda da bolsa de valores e do encarecimento do crédito para empresas e consumidores.
Embora medidas extremas, como a retirada do Brasil do sistema internacional de pagamentos Swift, sejam consideradas improváveis, o risco de restrições comerciais já preocupa setores estratégicos da economia. Washington aplicou recentemente tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e sinalizou que pode ampliar as punições, atingindo tanto indivíduos quanto segmentos do comércio.
Para o economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, o dilema é claro: “Não dá para servir a dois senhores ao mesmo tempo”.
Se confirmadas, as sanções teriam impacto direto no dia a dia dos brasileiros, reduzindo competitividade das exportações, pressionando o mercado financeiro e aprofundando a instabilidade política e econômica do país.
A forma como governo e STF lidarem com a situação e a resposta de Washington serão determinantes para a economia nos próximos meses.
