Após a reunião do União Brasil que resultou na abertura de um processo de expulsão contra o Ministro do Turismo, Celso Sabino, e seu afastamento do partido, ele e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, trocaram farpas ao conversar com a imprensa.
O embate começou quando Caiado, presidente do diretório estadual da sigla, chamou Sabino de traidor. O ministro retaliou com ironia, ligando a pré-candidatura presidencial de Caiado à baixa popularidade: “Quando ele atingir 1,5% nas pesquisas eu respondo ele”.
Caiado, por sua vez, revidou lembrando uma experiência política anterior: “Até a frase é a do Lula”, fazendo alusão a uma resposta que recebeu do atual presidente há 35 anos.
Apesar da tensão, Sabino confirmou a existência de uma “racha” na legenda, mas afirmou que continuará trabalhando para convencer a maioria do partido sobre “qual é o melhor caminho para o nosso país”.
Sabino Desafia o Partido e Garante Permanência no Governo
O processo de afastamento de Sabino foi motivado pela decisão do União Brasil de exigir que seus filiados deixassem cargos no governo federal em até 24 horas, sob pena de infidelidade partidária.
Embora o ministro tenha dito anteriormente que havia entregue uma carta de demissão a Lula, o presidente teria pedido um prazo para negociar a saída com a cúpula do partido.
Nesta quarta-feira, Sabino reafirmou sua vontade clara de permanecer no cargo, ignorando a pressão do União Brasil:
“Pelo bem do turismo, pelo bem dos serviços que a gente vem fazendo em todos país, mas especialmente pelo bem do povo do Pará, pela realização da COP30 eu vou permanecer no governo”, declarou.