Diante de especulações sobre uma saída antecipada, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), garantiu nesta segunda-feira (18) que não pretende se aposentar da Corte e afirmou estar “feliz com a vida”. O ministro deixará a presidência do STF no próximo mês, após dois anos de gestão.
O mal-estar com as sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos a ministros do Supremo acabou se refletindo também em Luís Roberto Barroso. O presidente da Corte, que confidenciou sua insatisfação a interlocutores, lidera o STF desde o fim de 2023. Nesse período, esteve à frente de julgamentos de grande impacto político e institucional, incluindo os processos contra Jair Bolsonaro (PL), os ataques de 8 de Janeiro e a responsabilização de empresas de tecnologia por conteúdos publicados em suas plataformas.
“Não to me aposentando não, estou feliz com a minha vida”, afirmou o ministro durante passagem em Cuiabá, onde participou do lançamento de uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a juventude, em resposta a questionamentos da imprensa.
Flávio Dino, Jorge Messias e Bruno Dantas voltaram a ser citados nos bastidores de Brasília diante da hipótese de uma nova vaga no Supremo. Os três já haviam sido apontados como favoritos quando Rosa Weber se aposentou, em 2023.
Agora, a especulação em torno de uma saída antecipada de Luís Roberto Barroso levou o governo Lula a se movimentar no Planalto para avaliar uma possível terceira indicação ao STF ainda neste mandato.
Além de Jorge Messias e Bruno Dantas, outro nome entrou no radar para uma possível indicação ao STF: o presidente do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo. A movimentação ocorreu depois que Lula optou por Flávio Dino para a vaga de Rosa Weber.