O Poder Judiciário determinou que a médica Nádia Tamyres, investigada pela morte do também médico Alan Carlos de Lima, permanecerá detida. A decisão pela prisão preventiva foi proferida durante audiência de custódia realizada no Fórum Jairon Maia Fernandes, na capital alagoana, nesta segunda-feira (17).
O episódio ocorreu no domingo (16), no município de Arapiraca, região agreste do estado. A defesa de Nádia sustentou que os disparos foram efetuados para resguardar a integridade física da própria acusada e de sua filha, argumento apresentado ao magistrado durante a sessão, acrescentando que a ré acreditava estar diante de uma armadilha no momento do ocorrido.
Os advogados informaram ainda que a profissional de saúde possuía autorização legal para porte de arma de fogo e a utilizava como mecanismo de autoproteção.
Alan Carlos foi alvejado por projéteis no dentro de um veículo, estacionado em frente à Unidade Básica de Saúde (UBS) do Sítio Capim. Nádia Tamyres, que manteve união conjugal anterior com o falecido, foi apreendida pouco depois do acontecido. O inquérito policial prossegue sob responsabilidade da Polícia Civil, que investiga minuciosamente todas as circunstâncias do caso.
De acordo com a versão da acusada, os acontecimentos remontam a aproximadamente dezoito meses, quando ela registrou queixa contra o ex-cônjuge por suposto crime contra dignidade sexual envolvendo a filha de ambos. A investigada declarou que permaneceu casada com a vítima por 22 anos e que optou por comunicar às autoridades após observar indícios de que a criança estaria solicitando auxílio. A médica afirmou que empregadas domésticas e a instituição de ensino igualmente detectaram comportamentos atípicos.
A audiência foi dirigida pela magistrada Bruna Saback, titular da 15ª Vara Criminal. Em consequência da decisão, a médica será transferida para o Presídio Feminino Santa Luzia.

