MC Poze do Rodo é classificado com periculosidade média ao entrar no sistema prisional do Rio
O cantor de funk Marlon Brendon Coelho Couto Silva, conhecido como MC Poze do Rodo, foi classificado com grau médio de periculosidade ao ingressar no sistema penitenciário do Rio de Janeiro. A informação consta no prontuário de ingresso do funkeiro na Penitenciária Dr. Serrano Neves (Bangu 3A), ao qual a reportagem teve acesso com exclusividade.
Preso temporariamente na última quinta-feira (29) por agentes da Polícia Civil do Rio, Poze é acusado de apologia ao crime e associação ao tráfico de drogas. Além disso, ele também é investigado por tortura e cárcere privado, após um homem afirmar que foi agredido e mantido em cárcere privado dentro da residência do cantor, localizada no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste da capital fluminense.
No documento de ingresso no presídio, Poze marcou o campo “ideologia declarada” com um “X” na opção “CV”, referência ao Comando Vermelho, facção criminosa que domina boa parte das comunidades do Rio de Janeiro. Por conta dessa declaração, ele foi encaminhado para Bangu 3A, unidade reconhecida como destinada a detentos ligados ao CV, seguindo o protocolo de segurança adotado pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Segundo a Seap, a identificação de vínculos faccionais tem como objetivo prevenir conflitos e preservar a integridade dos detentos dentro do sistema prisional.
Outras investigações
Além dos crimes que motivaram a prisão, MC Poze também é alvo de outra investigação. A Polícia Civil apura um show realizado pelo funkeiro no último 17 de maio, na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, onde vídeos mostram homens exibindo fuzis durante a apresentação. As imagens, que circularam nas redes sociais, levaram à abertura de um inquérito para apurar quem são os responsáveis por portar armamento de uso restrito.
O evento aconteceu na véspera de uma operação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), que terminou com a morte do agente José Lourenço, baleado na cabeça durante uma ação contra uma fábrica clandestina de gelo na região.
As investigações seguem em andamento, e MC Poze permanece detido enquanto a Justiça analisa seu caso.