Cenário é comparado ao caso de Fernando Collor, que ficou apenas uma semana preso antes de ir para o domiciliar
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já consideram inevitável o início do cumprimento de sua pena em regime fechado, mas apostam que a permanência na prisão será curta. A avaliação nos bastidores é de que o caso deve seguir trajetória semelhante à do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Collor teve a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 24 de abril deste ano e foi levado, no dia seguinte, para uma cela individual na ala especial do Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL). Após uma semana, obteve autorização judicial para cumprir a pena em regime domiciliar, amparado por um pedido de prisão humanitária. A defesa alegou problemas de saúde e idade avançada — Collor tem 76 anos e sofre de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar.
Bolsonaro, por sua vez, completou nesta terça-feira (11) 100 dias em prisão domiciliar, determinada após o descumprimento de medidas restritivas impostas a ele no inquérito que investiga a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra o sistema Judiciário.
A condenação do ex-presidente a mais de 27 anos de prisão por envolvimento em uma trama golpista ainda depende do chamado trânsito em julgado, que ocorre quando todos os recursos da defesa são esgotados.
Na semana passada, a Primeira Turma do STF rejeitou os primeiros embargos de declaração apresentados pelos advogados de Bolsonaro. Embora todos os ministros já tenham votado, o plenário virtual segue aberto até o dia 14. Somente após essa data o Supremo deve publicar o acórdão, documento que formaliza o resultado do julgamento.













