Alagoas alcançou, em 2024, a menor taxa de pobreza já registrada no estado, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação integra a Síntese de Indicadores Sociais, que acompanha a série histórica iniciada em 2012. Naquele ano, o estado apresentava taxa de pobreza de 60,5%. Em 2024, o índice caiu para 40,9%, uma redução de 20,4 pontos percentuais ao longo do período.
Entre 2022 e 2024, período correspondente ao governo Paulo Dantas, a queda foi de 13 pontos percentuais — passando de 53,9% para 40,9%. Em valores absolutos, aproximadamente 416 mil alagoanos deixaram a situação de pobreza nesse intervalo.
O IBGE adota como referência os parâmetros do Banco Mundial, que classifica como pobres os indivíduos com renda domiciliar per capita inferior a US$ 6,85 por dia (cerca de R$ 694 mensais). Já a extrema pobreza inclui quem vive com menos de US$ 2,15 por dia (aproximadamente R$ 218 por mês).
No caso da extrema pobreza, Alagoas apresentou forte retração nos últimos anos. Em 2015, o estado enfrentava o maior índice da série histórica, com 14,2%. Em 2024, esse percentual caiu para 6,8%, redução de 7,4 pontos percentuais — o terceiro melhor desempenho do país, atrás apenas do Pará (7,5 p.p.) e empatado com o Amapá (7,4 p.p.).
Segundo o levantamento, a melhora nos indicadores sociais está diretamente associada à ampliação e fortalecimento das políticas públicas estaduais. Entre os programas destacados estão o Alagoas Sem Fome, que articula ações de combate à insegurança alimentar; o Leite do Coração, que distribui leite a gestantes, nutrizes e crianças; e o Cartão Cria, que transfere renda a famílias com crianças de até seis anos.
As iniciativas vêm ganhando reconhecimento nacional. No mês passado, Alagoas recebeu o Prêmio Brasil sem Fome, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), por ter sido o estado que mais reduziu a insegurança alimentar grave no país entre 2022 e 2024. O estado também ficou em primeiro lugar do Nordeste na categoria “Redução da Insegurança Alimentar e Nutricional”.
Os dados confirmados pelo IBGE já haviam sido antecipados em junho pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), com base na Pnad Contínua.
À época, o governador Paulo Dantas ressaltou que os resultados refletem a eficácia das políticas sociais, mas destacou que ainda há desafios.
“Temos orgulho de liderar a queda da pobreza no Nordeste, mas sabemos que ainda há muito a fazer. Vamos intensificar programas de geração de emprego e renda, além de ampliar o acesso à educação de qualidade, para que o crescimento econômico beneficie todos os alagoanos”, afirmou.

