Alagoas acaba de alcançar um marco histórico na agropecuária estadual e nacional: o estado foi oficialmente reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA). O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29), durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da OMSA, em Paris, onde representantes alagoanos estiveram presentes para acompanhar a cerimônia.
A notícia foi recebida com grande satisfação pelo presidente do Sistema Faeal/Senar, Álvaro Almeida, que liderou a campanha estadual de vacinação em 2024, quando mais de 94% do rebanho alagoano foi imunizado em apenas 15 dias, cumprindo uma missão de extrema urgência. “É uma conquista histórica dos produtores rurais de Alagoas e do Brasil. Graças ao compromisso e esforço dos criadores do nosso estado, que atenderam ao nosso apelo e vacinaram em massa, hoje celebramos esse reconhecimento internacional”, destacou Almeida.
Além de Álvaro Almeida, a delegação alagoana contou com os pecuaristas André Ramalho e Domício Silva, o presidente da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), Marco Albuquerque, e a representante do Ministério da Agricultura em Alagoas, Sônia Lages.
Para o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, o status de Alagoas e do Brasil como zona livre de febre aftosa sem vacinação é fruto de uma mobilização nacional que envolveu anos de trabalho conjunto entre produtores, federações, sindicatos e governos estaduais. “Esse reconhecimento abre novas oportunidades para a pecuária brasileira, garantindo o acesso da carne produzida aqui a mercados internacionais de alta exigência”, afirmou Martins.
Embora a vacinação deixe de ser obrigatória, Alagoas manterá rígidos protocolos de vigilância e controle sanitário para preservar o status conquistado. O presidente Álvaro Almeida ressalta que a responsabilidade agora está nas mãos dos pecuaristas e profissionais da área, que precisam seguir atentos e comprometidos para garantir a saúde dos rebanhos e a qualidade dos produtos ofertados ao mercado.
“Este reconhecimento fortalece o compromisso do setor agropecuário alagoano com a sanidade animal e com a sustentabilidade econômica de toda a cadeia produtiva”, concluiu Almeida.