A Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol) da Polícia Civil de Alagoas (PCAL) deflagrou neste fim de semana a Operação Praedatorius Patronum (Patrono Predatório), culminando na prisão preventiva de um advogado no estado do Paraná. A ação policial foi desencadeada após uma comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), que sinalizou possíveis irregularidades cometidas pelo profissional em um processo judicial tramitando na comarca de Capela, em Alagoas.
As investigações conduzidas pela PCAL trouxeram à tona indícios de que o advogado teria cometido crimes como fraude processual, falsidade ideológica e patrocínio infiel. Ele é acusado de representar, em um processo civil, uma pessoa que supostamente desconhecia completamente a existência da ação judicial protocolada em seu nome.
Diante das evidências levantadas, a Polícia Civil de Alagoas (PCAL) solicitou e obteve da Comarca de Capela a expedição dos mandados judiciais. A equipe da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol), sob a coordenação do delegado Thales Araújo, viajou até Paranavaí, no Paraná, para dar cumprimento às ordens da justiça.
A operação no Paraná contou com o apoio essencial do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil local (PCPR) e do suporte tático-operacional da 8ª Subdivisão da PCPR, coordenados pelo delegado Francisco Gilson Filho e pelo chefe de operações da 8ª SDP, Marcelo Trevizan. Essa colaboração interinstitucional foi fundamental para o êxito da ação.
Durante o cumprimento dos mandados – que incluíam seis de busca e apreensão e um de prisão preventiva –, as autoridades apreenderam computadores, celulares e uma vasta gama de documentos. Todo esse material está diretamente relacionado à atuação do advogado investigado em processos que tramitam em Alagoas e deve subsidiar a continuidade das investigações.
O delegado Thales Araújo destacou a colaboração entre as instituições: “Mais uma operação interestadual exitosa realizada pela Polícia Civil de Alagoas, com apoio da Polícia Civil do Paraná. A integração das forças policiais em todo o Brasil aprimora o conhecimento das práticas criminosas, aumenta a eficiência das operações policiais e cria mecanismos de prevenção e repreensão contra o crime”, afirmou o diretor da Dinpol/PCAL.
Todo o material apreendido será enviado para análise aprofundada, com o objetivo de reunir mais provas e confirmar a materialidade dos crimes que o advogado é suspeito de ter cometido no exercício de sua profissão.