Os médicos das unidades da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), que atuam na Maternidade Escola Santa Mônica, no Hospital Hélvio Auto e no Hospital Portugal Ramalho, enfrentam novamente a exclusão do complemento salarial referente ao serviço diferenciado e aos turnos de 24 horas. O pagamento parcial dos vencimentos foi registrado na folha de janeiro, apesar de um acordo firmado no ano passado para evitar situações semelhantes.
A presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL), Sílvia Melo, lamentou o descumprimento do acordo feito entre gestores e o Ministério Público. “O problema tinha sido resolvido no ano passado, após acordo feito entre os gestores e o Ministério Público, mas na folha de janeiro, para nossa surpresa, foi descumprido”, disse Sílvia.
Diante da reincidência, o Sinmed/AL defende medidas mais rigorosas. “Sugerimos que o Ministério Público faça o bloqueio das contas do Estado, garantindo assim a integralidade dos recursos para que a folha seja paga sem prejuízo aos trabalhadores”, afirmou a presidente.
Ela também ressaltou a importância dos serviços prestados pelas unidades da Uncisal, que atendem casos de urgência e dependem de profissionais altamente qualificados. “São serviços de urgência. Quem precisa, não pode esperar. Vale lembrar que os profissionais têm uma qualificação específica para tratar com a demanda de atendimento nesses equipamentos de saúde. Não é justo que seja subtraído um centavo sequer de seus proventos”, destacou Sílvia.
A diretoria do Sinmed/AL já está se mobilizando para pressionar as autoridades. “Quando não se respeita propostas amigáveis, a alternativa que resta é uma ação mais dura”, concluiu. O sindicato reforçou seu compromisso com a defesa dos direitos dos profissionais e com a continuidade dos serviços essenciais à população.