Em 2024, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) da PM de Alagoas intensificou o combate ao crime de cativeiro de animais silvestres, resgatando 3.734 espécimes entre janeiro e outubro. A maioria dos animais, 3.709, eram aves, como galos-de-campina, papa-capim e sibite, mantidas ilegalmente em residências, feiras e outros locais.
O trabalho de fiscalização, muitas vezes oriundo de denúncias da população, é conduzido pelo BPA com foco na conscientização. O sargento Rosival Santos, comandante do BPA, destacou a importância de explicar os impactos ambientais dessa prática. “Às vezes, conseguimos até que algumas pessoas entreguem voluntariamente os animais”, afirmou.
Após o resgate, os animais são encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do IBAMA. A prática de manter animais silvestres em cativeiro sem autorização é um crime ambiental, com penas que variam de seis meses a um ano de detenção e multa.
Apesar da diminuição nos números em comparação a anos anteriores, o sargento Rosival enfatizou que o combate continua sendo uma prioridade. Em 2024, foram lavrados 358 Termos Circunstanciados de Ocorrência, sendo 291 relacionados à fauna. A população pode denunciar irregularidades pelo 190, disque denúncia 181, ou diretamente ao BPA.
As maiores ocorrências ocorreram em Maceió e na Região Metropolitana, especialmente em bairros da parte alta da capital, como Benedito Bentes, Cidade Universitária e Tabuleiro do Martins.
