O Ministério Público de Alagoas (MPAL) instaurou uma Notícia de Fato para apurar as recentes alterações feitas pela Prefeitura de Maceió na Faixa Verde, localizada no canteiro central da Avenida Silvio Carlos Viana. A medida inclui a proibição de estacionamento na área, gerando grande repercussão e insatisfação por parte de moradores, comerciantes e entidades representativas.
A promotoria enviou um ofício ao superintendente do Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT), André Costa, solicitando o projeto técnico que embasou as mudanças e as justificativas das decisões. Segundo o promotor de Justiça Jorge Dória, a intervenção está sendo questionada devido à falta de informações sobre seus objetivos e impactos.
““A insatisfação da população em repercussão na imprensa e em mídias sociais aponta incertezas e falta de informação sobre o objetivo e os impactos dessa intervenção. Nosso papel é buscar os esclarecimentos necessários para garantir transparência e adequação às normas urbanísticas”, declarou Dória.
Em resposta, o DMTT informou que foi oficialmente notificado pelo MPAL e que irá agendar uma reunião com o representante do órgão para discutir o tema.
Entidades criticam medida
Na quarta-feira (11), 11 associações e sindicatos de Maceió, que representam setores como bares e restaurantes, turismo, hotelaria, comércio, transporte, e imobiliário, publicaram uma nota oficial demonstrando insatisfação com a decisão. Eles apontam que o trecho afetado pela proibição de estacionamento é estratégico para o acesso de turistas, moradores e clientes de outros bairros, impactando negativamente os negócios locais.
A situação segue em análise, e o Ministério Público busca respostas para garantir a transparência e avaliar os impactos da medida nas atividades comerciais e na mobilidade urbana de Maceió.