Um conhecido analista político alagoano, com bom trânsito tanto no Palácio Zumbi dos Palmares quanto na Prefeitura de Maceió, confidenciou uma estratégia que segundo ele está na ‘alça de mira’ do prefeito JHC em 2024: ter o senador Rodrigo Cunha (União) como seu vice-prefeito nas eleições vindouras.
Pode parecer pouco para Rodrigo, que por pouco não venceu recentemente as eleições para o governo do estado – mas segundo o analista, seria a melhor e mais confortável saída para Cunha, que dependendo do cenário eleitoral possível, receberia quase três anos de prefeitura de uma capital para chamar de sua.
Ele explica: Em 2026, Rodrigo terá que renovar seu mandato ao senado – porém, a concorrência para esta vaga será mais pesada do que nunca. Além de Cunha, Renan Calheiros (MDB), Arthur Lira (PP), o próprio JHC e outros nomes podem atrapalhar a reeleição do senador.
Contando com a vitória em 2024, Rodrigo renunciaria ao senado e entregaria dois anos de mandato à mãe de JHC, Drª Eudócia Caldas, sua primeira suplente. Como vice, seria o substituto imediato em caso de candidatura do titular ao governo do estado em 2026 – “trocaria”, portanto, dois anos de mandato como senador por dois anos e nove meses como prefeito de capital.
Por que deste período? porque em caso de candidatura a outro cargo executivo, JHC teria que renunciar à prefeitura, de acordo com a lei eleitoral, seis meses antes do mandato para governador acabar, ou seja, em junho de 2026. Cunha assumiria a prefeitura até o final do mandato, em 2028.
Dessa forma, conforme a visão do analista, no melhor cenário para JHC, em janeiro de 2027, ele próprio seria o governador do estado e Rodrigo Cunha, um aliado, seria prefeito de Maceió. Além disso, Eudócia poderia ser senadora reeleita. No pior cenário, mesmo com derrota de JHC e Eudócia, Rodrigo teria garantidos mais dois anos como prefeito.
Claro, segundo o analista, essa é uma conjectura que passou pela mesa do prefeito de Maceió e lhe foi contada. Provavelmente, não foi conversada com Rodrigo, e nada garante que o senador aceitaria tal condição. Mas este personagem afirmou que o prefeito gostou do modelo, e poderia fazê-lo acontecer.
Em política, como vocês sabem, tudo é possível – ou não – até que se prove o contrário.
Fonte – Bastidores/7 Segundos
