Das cinco barragens prometidas pelo governo de Pernambuco, em 2010, para conter enchentes no interior, apenas uma foi concluída: a de Serro Azul, em Palmares. Entre sábado (2) e esta segunda (4) , as chuvas deixaram ao menos 7 mil pessoas fora de casa, na Zona da Mata Sul e no Agreste.
As obras das outras quatro barragens estão paradas. O estado tem planos de retomar duas delas: a de Panelas II, em Cupira, e a de Gatos, em Lagoa dos Gatos. Metade da primeira está concluída. A segunda, tem aproximadamente 20% de execução.
Para as obras das barragens de Igarapeba, em São Benedito do Sul, e de Barra de Guabiraba, na cidade de mesmo nome, não há previsão de quando os projetos, anunciados há 12 anos, vão sair do papel.
Os cinco projetos de contenção da bacia do Rio Una foram prometidos após uma forte enchente, em 2010, que deixou 20 mortos e pelo menos 82 mil pessoas fora de casa na Mata Sul pernambucana.
No centro de Palmares, casas e prédios públicos foram destruídos. A previsão, na época, era que todas elas fossem concluídas em quatro anos.
Serro Azul, a maior delas, só ficou pronta em 2017. Ela tem capacidade de armazenar 303 milhões de metros cúbicos de água. Custou R$ 500 milhões, dos quais R$ 300 milhões foram financiados pelo estado.
Em nota, a Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos (Seinfra) disse que “devido à intensa crise financeira que tem afetado o país nos últimos anos, sobretudo a partir de 2015”, o estado optou por priorizar a construção de Serro Azul.
Segundo o governo, ela beneficia as cidades de Palmares, Água Preta e Barreiros e foi fundamental para “minimizar os impactos das enchentes” ocorridas em 2017, 2020 e agora em 2022.
Fonte – G1
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